Assessores técnico-pedagógicos de Língua Portuguesa

"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida." John_Dewey



Caros professores, caso vocês tenham sugestões, ideias e atividades que queiram compartilhar com a rede, enviem para este email - linguaportuguesa.sv@gmail.com

Diretoria de Ensino Fundamental

Este é um espaço especialmente destinado para os professores de Língua Portuguesa, da rede Municipal de São Vicente, para que possamos compartilhar conhecimentos e refletir sobre nossa prática docente.

26 de setembro de 2011

Destruição do patrimônio público em beneficio do particular?
Aluno: Jean Marcks da Costa Nunes

Em um canteiro, passeio da Rua José Rodrigues da Silva, na cidade de Monte Alegre de Sergipe, houve redução de 12 metros de comprimento para facilitar a entrada de caminhões, carregados de ração para animal, em um salão construído recentemente.
Esse fato gerou uma polêmica: “Vale a pena destruir o patrimônio público para a construção de um salão comercial?”.
Alguns respondem que sim, pois alegam que a construção do salão está gerando emprego, além de ampliar a circulação de produtos, como farelo e soja, naquela cidade, o que provoca barateamento deles.
Antes que perguntem: “Quem é esse para falar sobre esse assunto?”, vou adiantar-me e dizer que sou morador vizinho do tal salão. Além disso, sei que existe a Lei nº 8.625/93, que defende o patrimônio público.
Posso até concordar com o ponto de vista de alguns que são a favor, mas, com a destruição do canteiro e a construção do salão, as pessoas que moram na mesma rua não conseguem dormir direito por causa do barulho dos caminhões que chegam altas horas da noite para descarregar seus  produtos. Além disso, fiz uma rápida pesquisa naquela rua com trinta moradores. Desses vinte e nove foram contra e afirmaram que houve falta de respeito para com os cidadãos e com o patrimônio público. Apenas um foi favorável, alegando que o dono do salão era seu amigo e que ele (o entrevistado) não tinha nada contra a obra realizada.
Sou contra, principalmente, porque estamos falando da destruição de um patrimônio que é nosso e que oferece (ou oferecia) algum tipo de lazer para as pessoas que habitam aquela rua. Além disso, houve omissão por parte do prefeito em relação ao caso, pois a população não foi avisada. Ademais, o promotor de justiça, Haroldo José de Lima, em caso parecido e que aconteceu na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, deixou em nota no site Jus Navigandi que esses espaços são de uso comum de todos, de acordo com o Código Civil Brasileiro, da mesma forma que mares, rios, estradas e praças (art. 66, I), não podendo, portanto, ser confundidos com bens de uso patrimonial do poder público (art. 66, III), acrescentando-se, finalmente, à categoria de bens públicos os chamados de “uso especial” para a população.
Em resumo, o canteiro foi destruído para a vantagem de certo comerciante, que, segundo um dos trabalhadores do próprio salão, oferece emprego em condições precárias e remuneração péssima. Soma-se a isso a opinião de alguns empresários. Eles afirmaram que existem inúmeros lugares mais convenientes para o estabelecimento de empresas, salões e indústrias que ofereceriam emprego aos moradores da cidade e não atrapalhariam o descanso e o lazer de pessoas que merecem respeito e uma boa noite de sono.

1)    Identifique o autor do texto como sendo:
a)    Jorge Henrique Vieira Santos;
b)    Haroldo José de Lima;
c)    Jean Markus da Costa Nunes;
d)    José Rodrigues da Silva.

2)    Quanto ao gênero textual podemos afirmar que trata-se de:
a)    Uma crônica;
b)    Uma letra de música;
c)    Um conto;
d)    Um artigo de opinião.

3)    Quanto ao tema o texto trata-se de:
a)    Na cidade de Monte Alegre – Sergipe, houve uma invasão do espaço público, a qual levantou a indignação de moradores;
b)    Na cidade de Monte Alegre – Sergipe, houve uma invasão do espaço público, a qual trouxe muita satisfação aos moradores;
c)    Na cidade de Monte Alto – Minas Gerais, houve uma invasão do espaço público, a qual levantou a indignação dos moradores;
d)    Na cidade de Pouso Alegre – Minas Gerais, houve uma invasão do espaço público a qual trouxe indignação de seus moradores.

Produção de texto:
Escreva um comentário crítico sobre o conteúdo apresentado no texto, posicionando-se como um morador da cidade em questão.
Sonia
Lucilene
Maria dos Prazeres
                                                                                                                                                        Valdete

19 de setembro de 2011

Progresso ameaça meio ambiente
Aluna: Ludmylla Maria Farias Maciel

A degradação ambiental hoje é uma preocupação mundial, e em Palmeiras do Tocantins e algumas localidades vizinhas essa preocupação vem aumentando com a chegada do projeto Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), considerado o maior projeto gerador de energia em curso no Brasil. A UHE tem capacidade instalada de 1.087 MW e energia assegurada de 584,9 MW médios.
Empreendedores do projeto afirmam que a UHE trará desenvolvimento a essas localidades, beneficiando a população com a geração de empregos, aumentando assim a renda de cada família e conseqüentemente trazendo lucro aos municípios. Entretanto, é válido afirmar que não teremos apenas benefícios, os impactos causados ao meio ambiente trarão uma seqüência de desastres, como alagamento de áreas de populações ribeirinhas que precisam de suas terras para tirar seu sustento e também inundações de áreas de lazer, como praias localizadas nas margens do Rio Tocantins.
Além disso, esses municípios ficarão superlotados, pois não estão preparados para receber esses migrantes que virão em busca de emprego.
Uma entrevista feita a uma servidora do Colégio Estadual Raimundo Neiva de Carvalho confirma os malefícios causados por uma hidrelétrica. Ela relata que quando criança morava em Guadalupi, uma pequena cidade do interior do Piauí, quando se iniciou o projeto Usina Hidrelétrica da Boa Esperança no ano de 1964, construída no rio Parnaíba, na divisa entre os Estados do Maranhão e do Piauí.
Ela teve duração de seis anos e nesse meio tempo o município se modificou muito, famílias foram desabrigadas, tiveram prejuízos tanto materiais como psicológicos, foram construídas vilas, cinema, banco e grandes supermercados, e com o término da construção tudo foi abandonado. Isso gera um grande desperdício de dinheiro público, que poderia ser investido em saúde, educação e em outras áreas.
Um outro fato que mostra que as usinas agridem o meio ambiente é a Hidrelétrica de Balbina, que foi construída no rio Matumã, afluente do rio Amazonas. O imenso lago artificial criado para a usina inundou grandes trechos de floresta nativa, comprometendo o rico ecossistema local.
Penso que para essa usina não causar tantos impactos será necessário atribuir mais investimentos a projetos ambientais e culturais e atribuir também às famílias que serão afetadas uma indenização que possa contribuir para suas necessidades.
Enfim, sou contra a construção dessa usina. Sei que precisamos de energia, mas desde que haja mais inteligência e um projeto ético que valorize os nossos bens culturais e o nosso meio ambiente, equilibrando assim essas duas forças: desenvolvimento e natureza.

Questões

1)    No trecho “...como alagamento de áreas de populações ribeirinhas que precisam de suas terras...”, a palavra destacada produz no texto o sentido de:
a)    Populações residentes em áreas urbanas;
b)    Populações que vivem às margens do rio;
c)    Moradores que residem no interior das matas;
d)    Pessoas que vivem em zonas rurais.

2)    Diante do assunto e estrutura do texto “Progresso ameaça meio ambiente” é possível afirmar que pertence ao gênero textual:
a)    Crônica;
b)    Notícias;
c)    Reportagem;
d)    Artigos de opinião.

3)    As expressões “Empreendedores do projeto afirmar que...”, “Uma entrevista feita a uma servidora”, “Penso que para essa usina...” e “...sou contra a construção dessa usina...” expressam respectivamente:
a)    Fatos relatados e opiniões da autora;
b)    Diálogo entre personagens;
c)    Opinião da autora;
d)    Situações imaginadas pela autora.

Produção Textual
Tendo como base o último parágrafo “...Sei que precisamos de energia, mas desde que haja mais inteligência e um projeto ético que valorize os nossos  bens culturais e o nosso meio ambiente...”. Desenvolva um artigo de opinião que possibilite a relação entre “Ética e Meio Ambiente”.

Ana Carolina F. da S. Souza
Arline de Souza Limeres
Amarilis Eduarda Sá
Zaida J. Mendes
Walquiria Carneiro da Silva

12 de setembro de 2011

Proibir uso do capacete: sim ou não?
Aluno: Alessandra dos Prazeres da Silva Reis

Arapiraca, segunda principal cidade do Estado de Alagoas, considerada a Capital do Fumo por ser a maior produtora de fumo do Brasil, está enfrentando ultimamente grandes problemas com relação à violência, devido ao crescimento acelerado pelo qual a cidade está passando.
A violência em nossa cidade manifesta-se através de assaltos a mão armada, homicídios, tráfico de drogas, entre outras. E grande parte desse tipo de violência é realizada a bordo de uma motocicleta e, principalmente, utilizando-se, os marginais, do capacete como forma de ocultar sua identidade.
Com isso, um vereador arapiraquense, preocupado com a situação, elaborou um projeto que visa à proibição do uso do capacete na área urbana e rural do município, tendo como base um projeto aprovado pela Câmara Municipal da cidade de São Sebastião, interior do Estado, e assinado pelo juiz, tornando-se lei obrigatória.
Ao propor isso, o vereador obteve o apoio de algumas pessoas, como o de um amigo também vereador, o tenente-coronel do 3° BPM, e o do defensor público da cidade. Mas, a maioria do legislativo é contrária à idéia, pois, para isso, seria preciso realizar uma adequação do projeto às leis, já que o Código de Trânsito Brasileiro exige o uso do capacete.
Visto isso, acredito que a Câmara agiu de maneira correta ao negar a aprovação dessa lei, pois, além de entrar em contradição com o Código de Trânsito em seus artigos 54 e 55, Arapiraca tentaria resolver um problema que está se agravando cada vez mais, que é o caso da violência, e ao mesmo tempo estaria abrindo as portas para outro problema ainda maior: os acidentes de trânsito – os quais causam a morte de muitos jovens em nossa cidade.
Essa lei foi muito objetiva e precisa em São Sebastião, por se tratar de uma cidade muito pequena e onde havia grande índice de violência urbana. Foi uma lei que amenizou grande parte da violência, pois após três meses sob o novo regime a cidade baixou muito a taxa de criminalidade.
No entanto, Arapiraca não possui condições para enfrentar essa mudança por ser uma cidade de grande porte e pouca organização no trânsito. Dessa forma, esse problema se torna um tanto espinhoso para ser resolvido de tal maneira.
Com isso, reafirmo que essa alteração seria totalmente ineficaz, pois Arapiraca não possui infra-estrutura para enfrentar mudanças no trânsito e enfrenta problemas mais graves, tais como falta de sinalização, entre outros, além do que devemos priorizar a proteção à vida, evitando, com o uso do capacete, a morte de muitos jovens no trânsito agitado de nossa cidade.

Professora: Maria Lucely Soares de Melo    Escola: E. E. E. B. Manoel Lúcio da Silva    Cidade: Arapiraca – AL

1)    De acordo com o texto lido, qual a cidade em que os vereadores de Arapiraca, se basearam para elaborar o projeto quanto à proibição do capacete?
a)    São Sebastião;
b)    São Vicente;
c)    São Paulo;
d)    Nenhuma das alternativas está correta.

2)    O que a autora do texto mencionou ao dizer a seguinte expressão:
“... esse problema se torna um tanto espinhoso...”
a)    É um problema de fácil resolução;
b)    É um problema impossível de ser resolvido;
c)    É um problema de difícil resolução;
d)    Nenhuma das alternativas está correta.

3)    “Foi uma lei que amenizou grande parte da violência, pois após três meses sob o novo regime a cidade baixou muito a taxa de criminalidade.” A palavra grifada dá idéia de:
a)    Oposição;
b)    Explicação;
c)    Adição;
d)    Nenhuma das alternativas está correta.

Proposta de produção textual

 Elaborar um pequeno estatuto com 3 artigos para regulamentar algumas ações coletivas dentro da escola. Cada grupo terá um tema:
A - Uso de celular
            B - Uso de bonés
            C - Uso de uniformes
            D - Preservação do patrimônio

Reinaldo de Oliveira
Ana Lúcia de Oliveira
Alessandra Beneti Vieira Rosa
Iara Cassia de Oliveira e Silva

5 de setembro de 2011

Representantes de Deus ou do povo?
Aluno: Giovanni de Lucena Morais

O jornal Folha de S. Paulo divulgou que sacerdotes católicos estão disputando as prefeituras este ano no Brasil, o que ocasionou conflitos entre a Igreja e os sacerdotes, gerando mais dúvidas à população quanto a em quem confiar um voto que decidirá o futuro da cidade.
Os padres que resolveram disputar os pleitos municipais nestas eleições receberam uma suspensão de ordem ou solicitaram licença e estão afastados da Igreja, já que o novo Código de Direito Canônico da Igreja Católica – que vigora desde 1983 – afirma que “os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que implicam a participação no exercício do poder civil”. Mas não prevê nenhuma punição, e a deixa a critério do bispo diocesano.
Assim como em outras cidades brasileiras, esse episódio ocorre em Jardim do Seridó, cidade do interior do Rio Grande do Norte, na qual o bispo da diocese de Caicó (RN), dom Manoel Delson, concedeu a suspensão de ordem ao padre Jocimar Dantas, candidato a prefeito de nossa cidade.
Muitos acham que isso é radicalismo por parte da Igreja, mas, na minha opinião, a Igreja está certa, pois isso poderá “dividir” os fiéis e prejudicar a Igreja, que não tem nenhum envolvimento com as políticas governamentais do Brasil.
Muitos eleitores acreditam que pelo simples fato de o candidato ser padre poderá corresponder às suas expectativas em benefício da comunidade. Mas creio que ele não seja capaz de cumprir sua nova “missão” como administrador, pelo fato de ele ter abandonado as pessoas que confiavam e acreditavam nele como padre, não sendo prudente confiar um voto em quem não tem certeza do que quer e abandona facilmente seus maiores compromissos.
Os bispos deveriam adotar como medida enviar esses sacerdotes para fazerem missão em lugares que necessitam deles, como a Amazônia, caso queiram voltar a exercer suas ordens ministeriais, uma vez que eles abandonaram suas ordens e agora encontram-se à disposição da Igreja.
É muito importante que a comunidade avalie a conduta do candidato como padre e como político, pois é a ele que a comunidade pode ou não entregar o governo municipal, que exige muita seriedade e compromisso. Também deve-se avaliar como ele administrava sua paróquia, para que as pessoas possam ter uma base de como será esta administração.
Em resumo, sou terminantemente contra padres ou qualquer tipo de religioso envolvido nas políticas governamentais, pois, como católico, sinto que os fiéis ficam confusos e acabam se afastando da Igreja, que em nenhum momento teve participação nesse fato que envolve toda a comunidade. E, assim como ele abandonou a Igreja, poderá abandonar a comunidade que confiou nele.


Questões
1)    No 5º parágrafo: “muitos eleitores acreditam que pelo simples fato de o candidato ser padre poderá corresponder às suas expectativas em benefício da comunidade. Mas creio que ele não seja capaz de cumprir sua “missão” como administrador”.
A conjunção mas, destacada no texto, dá idéia de:
a)    Adição;
b)    Explicação;
c)    Oposição;
d)    Conclusão.

2)    No Brasil, a de nepotismo, forma de governo em que pessoas com grau de parentesco ocupem cargos públicos, é considerada crime. No texto, que medidas são tomadas aos padres que visam a um cargo público, caso eles não o façam livremente:
a)    Desocupar os dois quadros;
b)    Abandonar a igreja e a sua comunidade;
c)    Suspensão da ordem sacerdotal;
d)    Não há medidas estabelecidas pela igreja.

3)    Qual é a opinião do autor do texto?
a)    É ótimo padres se envolverem em políticas públicas;
b)    Quem deveria se envolver em políticas públicas são os bispos diocesanos;
c)    Pastores são os religiosos mais indicados para se candidatarem;
d)    Padres ou qualquer tipo de religiosos não deveriam se candidatar.

Proposta de produção textual
            “Muitos eleitores acreditam que pelo simples fato de o candidato ser padre poderá corresponder às suas expectativas em benefício da comunidade”.
            Você concorda com essa colocação? Quais são suas expectativas em relação a um candidato religioso? Em sua opinião, essas expectativas costumam ser atendidas?

Ana Paula Battisti
Thiana Cris Menezes de Freitas
Maria Zeudeni de Almeida Lira
Camila Cássia da Silva Nascimento
Renata Alves Camelo