Assessores técnico-pedagógicos de Língua Portuguesa

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1 de novembro de 2010

Gênero - Artigo Científico

Salvem as línguas que estão morrendo
Por W. Wayt Gibbs

Há dez anos, Michael Krauss assustou o campo da lingüística com sua previsão que metade das 6 mil línguas faladas no mundo deixaria de existir em um século. Krauss, professor de línguas da Universidade de Alaska-Fairbanks, fundou o Centro de Línguas
Nativas do Alasca na tentativa de preservar ao máximo as 20 línguas que ainda são conhecidas pelos índios da região. Só duas dessas línguas estavam sendo ensinadas às crianças. Várias outras existiam somente na memória de alguns velhos que as falavam. A situação do Alasca representa uma tendência global, observou Kraus na revista da Sociedade Lingüística da América. A menos que os cientistas e líderes comunitários façam um esforço a nível mundial no sentido de sustar o declínio das línguas locais, advertiu ele, provavelmente nove décimos de diversidade lingüística está fadada a se extinguir.

(…)

Os especialistas do ramo lamentam a perda de línguas raras por diversas razões. Em primeiro lugar, há o interesse próprio da ciência: algumas das questões mais básicas da lingüística estão relacionadas com os limites da fala humana, que estão longe de terem sido inteiramente explorados. Alguns pesquisadores gostariam de saber quais elementos estruturais da gramática e do vocabulário – se é que existem – são realmente universais e, por isso, provavelmente resultantes de características do cérebro humano. Outros tentam construir modelos de migrações antigas, fazendo um levantamento de palavras emprestadas, que aparecem em línguas sem qualquer ligação entre si. Em ambos os casos, quanto maior a quantidade de línguas estudadas, tanto maior a probabilidade de se obter as respostas certas.

“Acho que o valor das línguas é basicamente humano”, diz James Matisoff, um especialista em línguas asiáticas raras da Universidade da Califórnia em Berkeley. “A língua é o elemento mais importante da cultura de uma comunidade. Quando ela morre, você perde o saber específico daquela cultura e uma visão do mundo única.”

                Em 1996, a lingüista Luisa Maffi ajudou a organizar um grupo chamado Terralingua com a finalidade de chamar a atenção para a conexão entre a diversidade lingüística e a biodiversidade, que parece extremamente concentrada em muitos dos mesmos países. Outro grupo internacional redigiu uma ambiciosa “declaração universal dos direitos lingüísticos.” O texto foi apresentado à UNESCO em 1996, mas esta instituição ainda não tomou nenhuma medida a respeito.

(…)

Scientific American - Brasil (3):81-82

a) Defina o tema tratado no texto e a provável audiência, observando as partes do texto que foram transcritas e o suporte (indicado pelo tipo de publicação).
b) Indique a seqüência dos subtemas apresentados no texto.
c) O autor desenvolve uma relação entre língua e cultura. Relacione o artigo com o tema diversidade cultural.
d) Faça um resumo do texto e escreva-o abaixo. Durante a escrita, preste atenção no seu processo de tomada de decisão.

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