Assessores técnico-pedagógicos de Língua Portuguesa

"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida." John_Dewey



Caros professores, caso vocês tenham sugestões, ideias e atividades que queiram compartilhar com a rede, enviem para este email - linguaportuguesa.sv@gmail.com

Diretoria de Ensino Fundamental

Este é um espaço especialmente destinado para os professores de Língua Portuguesa, da rede Municipal de São Vicente, para que possamos compartilhar conhecimentos e refletir sobre nossa prática docente.

25 de julho de 2011

Gênero - Poema e Fotografia



Avó

A avó tem cabelos muito brancos, curtos e lisos. Pouco cabelo. A pele é toda enrugada. Parece que já está virando árvore. O corpo também é pequeno. Ela toda parece um pássaro. Usa um chale de renda na cabeça e nas mãos carrega sempre um livro sagrado e cheiro de cebola. Tem passos miúdos. Às vezes parece orvalho. Já está quase desaparecendo, dá pra notar. Os olhos pousados em coisas distantes, invisíveis navios, alguma terra do lado de lá?
Pronto, já fez a oração da manhã, pede por toda a família, o dia já pode começar. Na verdade seu dia é muito simples. Cozinhar para o avô, preparar biscoitos de nata para os netos, tomar cuidado para não esquecer as coisas, a cabeça cheia de nuvens. Na hora do almoço, chega o avô.

MURRAY, Roseana K. Retratos. Miguilim, 1990.

1)    Observe que o texto acima apresenta uma forma delicada e sensível de descrever a avó. No poema, a velhice é descrita de forma poética, ou seja, com emoção. Indique uma característica da senhora, descrita de forma poética.

2)    Qual é o assunto principal do poema?

3)    Quais são os recursos utilizados pelo autor para informar ao leitor o assunto do texto: o título, a linguagem, a escolha vocabular, a organização e a seqüência das ideias?

4)    Ao ler o texto “Avó” você pôde perceber a quem se dirigia o autor. Quem são os prováveis leitores do texto a quem o autor deseja se dirigir?

5)    Há diferentes tipos de texto que podemos ler e produzir. Cada texto tem uma função comunicativa específica. Identifique qual é a função do texto “Avó”. Justifique a sua resposta:

Observe a foto do poema “Avó” e relacione as impressões que você teve do texto à imagem que o ilustra:
a) A foto se parece com a avó imaginada no texto?
b) Ao olhar a foto, é possível perceber todos os detalhes da descrição da avó? Justifique sua resposta.
c) É possível conhecer a avó do texto apenas examinando a sua foto?
d) O que há na descrição do texto que torna essa avó única e especial?



7 de julho de 2011

Conto de Suspense - Gênero

 Atividade desenvolvida pela professora Renata Alves Camelo  - E.M.E.F. Mário Covas

6 de julho de 2011

Gênero - Crônica


PEDRO – O HOMEM DA FLOR


Se você se enquadra entre aqueles que se dizem boêmios ou, pelo menos, entre aqueles que costumam ir, de vez em quando, a um desses muitos barzinhos elegantes de Copacabana, é provável que já tenha visto alguma vez Pedro – o homem da flor. Se, ao contrário, você é de dormir cedo, então não.  Então você nunca viu Pedro – o homem da flor – porque jamais ele circulou de dia a não ser lá, na sua favela do Esqueleto.
Quando anoitece, Pedro pega a sua clássica cestinha, enche de flores, cujas hastes teve o cuidado de enrolar em papel prateado, e sai do barraco rumo a Copacabana, onde fica até alta madrugada, entrando nos bares – em todos os bares, porque Pedro conhece todos – vendendo rosas. Quando a cesta fica vazia, Pedro conta a féria e vai comer qualquer coisa no botequim mais próximo. Depois volta para casa como qualquer funcionário público que tivesse cumprido zelosamente sua tarefa, na repartição a que serve.
Conversei uma vez com Pedro – o homem da flor. Já o vinha observando quando era o caso de estar num bar em que ele entrava. Via-o chegar e dirigir-se às mesas em que havia um casal. Pedia licença e estendia a cesta sobre a mesa. Psicologia aplicada, dirão vocês, pois qual o homem que se nega a oferecer uma flor à moça que o acompanha, quando se lhe apresenta a oportunidade? Sim, talvez Pedro seja um bom psicólogo, mas, mais do que isso, é um romântico. Quando o homem mete a mão no bolso e pergunta quanto custa a flor, depois de ofertá-la à companheira, Pedro responde com um sorriso:
— Dá o que o senhor quiser, moço. Flor não tem preço.
Como eu ia dizendo, conversei uma vez com Pedro e, desse dia em diante, temos conversado muitas vezes. Ele sabe de coisas. Sabe, por exemplo, que a rosa branca encanta as mulheres morenas, enquanto que as louras, invariavelmente, preferem rosas vermelhas. Fiel às suas observações, é incapaz de oferecer rosas brancas às mulheres louras, ou vice-versa. Se entra num bar e as flores de sua cesta são todas de uma só cor, não coincidindo com o gosto comum às mulheres presentes, nem chega a oferecer sua mercadoria. Vira as costas e sai em demanda de outro bar, onde estejam mulheres louras, ou morenas, se for o caso.
O pequeno buquê de violetas – quando as há – é carinhosamente arrumado pelas suas mãos grossas de operário, assim como também as hastes prateadas das rosas. Saibam todos os que se fizeram fregueses de Pedro – o homem da flor – que aquele papel prateado artisticamente preso na haste das rosas e que tanto encanta as moças foi antes um prosaico papel de maços de cigarros vazios, que o próprio Pedro recolheu por aí, nas suas andanças pela madrugada.
Sei que Pedro ama a sua profissão, tira dela o seu sustento, mas acima de tudo esforça-se por dignificá-la. Não vê que seria um mero mercador de flores! Lembro-me da vez em que, entrando pelo escuro do bar, trouxe nas mãos a última rosa branca para a moça morena que bebia calada entre dois homens. Quando os três levantaram a cabeça ante a sua presença, pudemos notar – eu, ele e as demais pessoas presentes – que a moça era linda, de uma beleza comovente, suave, mas impressionante. Pedro estendeu-lhe a rosa sem dizer uma palavra e, quando um dos rapazes quis pagar-lhe, respondeu que absolutamente não era nada. Dava-se por muito feliz por ter tido a oportunidade de oferecer aquela flor à moça que ali estava. E sem ousar olhar novamente para ela, disse:
– Mais flores daria se mais flores eu tivesse!
Assim é Pedro – o homem da flor. Discreto, sorridente e amável, mesmo na sua pobreza. Vende flores quase sempre e oferece flores quando se emociona. Foi o que aconteceu na noite em que, mal chegado a Copacabana, viu o povo que rodeava o corpo do homem morto, vítima de um mal súbito. Só depois é que se soube que Pedro o conhecia do tempo em que era porteiro de um bar no Lido. Na hora não. Na hora ninguém compreendeu, embora todos se comovessem com seu gesto, ali abaixado a colocar todas as suas flores sobre as mãos do homem morto. Pois foi o que Pedro fez, voltando em seguida para a sua favela do Esqueleto.
Naquela noite não trabalhou.
PONTE PRETA, Stanislaw. Dois amigos e um chato.
São Paulo: Moderna, 1986. p. 5-6.









Após a leitura de , PEDRO – O HOMEM DA FLOR, responda as questões a seguir:


01. A personagem Pedro vendia flores em:
A) bares de Copacabana.
B) favelas no Esqueleto.
C) portarias no Lido.
D) repartições públicas.

02. No segundo parágrafo, o narrador relata o sucesso da venda de flores quando Pedro:
A) enrola as hastes em papel prateado.
B) enrola as hastes das flores e sai.
C) entra nos bares e fica até de madrugada na rua.
D) conta o dinheiro e vai comer.

03. O fato que origina a crônica é a observação do narrador sobre:
A) o comportamento do vendedor.
B) a disposição das mesas do bar.
C) o mistério das mulheres.
D) a organização das flores no cesto.

04. O narrador apresenta a fala do personagem na seguinte passagem:
A) “Conversei uma vez com Pedro – o homem da flor”.
B) “Sim, talvez seja um bom psicólogo”.
C) “– Mais flores daria se mais flores tivesse”.
D) “Assim é Pedro – o homem da flor”.

05. Do trecho ”Naquela noite não trabalhou ”, pode-se deduzir que a personagem:
A) deixara todas as suas flores no chão.
B) era uma pessoa cheia de amargura
C) estava cansado de vender flores.
D) ficara triste com a morte do colega.

06. O narrador conta a trajetória profissional de seu personagem com:
A) hostilidade e arrogância.
B) tristeza e arrependimento.
C) espanto e simpatia.
D) ironia e desprezo.

07. De que material eram feitas as embalagens das flores?
A) de maços de cigarros encontrados nas ruas.
B) de papéis de presentes que Pedro ganhava.
C) de plástico decorado com fitas coloridas.
D) de papel de seda vermelho.

08. Em que horário Pedro costumava vender sua mercadoria?
A) durante o dia, em bares e lanchonetes.
B) durante a noite, em bares e lanchonetes.
C) durante as tardes em que fica sozinho.
D) durante algumas madrugadas, quando está sozinho.

09. Onde Pedro morava?
A) em Copacabana.
B) no Lido.
C) em um bar de Copacabana.
D) na favela do Esqueleto.

10. De que lugar o narrador observa o trabalho de Pedro?
A) de um bar, onde ele estava.
B) da rua onde ele morava.
C) de uma janela onde via a rua.
D) de um bar onde ele trabalhava.



Atividade desenvolvida pela professora Renata Alves Camelo - E.M.E.F. Mário Covas

5 de julho de 2011

Projeto de leitura


PROJETO LEITURA –  Negrinha, de Monteiro Lobato

1) Leia o fragmento do conto “Negrinha”, de Monteiro Lobato e indique a alternativa correta:
“Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas  as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa  senhora, em suma – dama de grandes virtudes  apostólicas, esteio da religião e da moral’, dizia o  reverendo.   Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança.”
a) A personagem dona Inácia é construída a partir da oposição entre aparência (“excelente senhora”, “dama de grandes virtudes apostólicas”) e atitude (“dona do mundo”, “não admitia choro de criança”).
b) Apesar de a personagem dona Inácia dar a impressão de ser uma ex-senhora de escravos, cruel e  autoritária, ela se mostra, em sua essência, sensível e preocupada com diminuir as dores alheias.
c) O conto é narrado em primeira pessoa por um narrador testemunha, um morador da casa de dona  Inácia.
2) Leia o fragmento do conto “Negrinha”, de Monteiro Lobato e assinale a alternativa correta:
“Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre  velha  esteira  e  trapos  imundos.  Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças”.

a) Para o autor Monteiro Lobato, a infância  é  um  período  a  ser  celebrado  pela  alegria e  vontade  de  viver,  tema  que  anima  o  conto “Negrinha”.
b) O autor Monteiro Lobato cria a personagem Negrinha como aquela que dá alegrias  a  Dona Inácia,  sua  patroa,  por  estar sempre a seu lado.
c) Negrinha é uma das personagens mais marcantes da literatura  de Monteiro Lobato.

3) A partir da leitura  do conto responda:

I. O narrador mostra, no texto, um conflito entre o que dona Inácia era e a opinião que dela tinham as pes-soas, como o vigário.
II. O texto apresenta uma Dona Inácia mestra na arte de pajear as crianças. 
III. O narrador utiliza frases, como "excelente senhora, a patroa", querendo  dizer justamente o contrário, pois ela  judiava das crianças.
Somente está correto o que se diz em:
a) I e III
b) II
c) III
d) I
4) Leia o trecho e responda:
”O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:- Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...”
Azorrague: chicote
 Derivativo: ocupação de quem deseja distrair-se ou fugir da rotina.
A expressão grifada pode ser compreendida como derivativo:
a) abençoado
b) sadio.
c) jmaldoso

5) Explique qual a razão da morte de Negrinha.
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atividade desenvolvida pela professora Renata Alves Camelo -  da E.M.E.F. Mário Covas

4 de julho de 2011

Gênero - Publicidade


1) O que a publicidade divulga?
2) Qual foi a imagem utilizada no anúncio? Por que o anunciante escolheu essa imagem?
3) O que o texto verbal diz ao leitor?
4) O que há em comum entre a imagem e o texto do anúncio?
5) A qual leitor se dirige o anúncio?
6) Que argumento foi utilizado no anúncio para convencer o leitor?
7) Por que o anúncio pode convencer o leitor?
8) Para convencer os leitores, os anunciantes utilizam estratégias especiais. Qual foi a estratégia utilizada neste anúncio?
9) Que comportamento é esperado do leitor convencido pelas informações do anúncio?